
Garimpar nos Estados Unidos foi uma mistura de encantamento e reflexão profunda.
De um lado, é incrível ver a variedade de brechós disponíveis — tem opção pra todos os gostos e estilos: dos mais alternativos aos super organizados por cor e categoria, passando pelos que vendem só jeans, só peças dos anos 90, só marcas de luxo. E o mais bonito: os brechós vivem cheios. As pessoas consomem com leveza, sem grandes questionamentos sobre o preço ou se “vale a pena”. Existe uma naturalidade no ato de comprar segunda mão, como se fosse apenas mais uma escolha possível, e não uma exceção.
Por outro lado, ficou impossível não notar o nível altíssimo de descarte. As roupas chegam aos brechós ainda com etiqueta. Às vezes, estão novíssimas. Tudo por causa de um consumo que gira rápido demais. O novo perde valor muito cedo. As tendências duram semanas. E tudo isso revela uma cultura de excesso que também adoece — o planeta, as pessoas, as relações com as coisas.
Essa dualidade me fez perceber ainda mais o valor do que a gente constrói por aqui:
garimpar não é só escolher uma peça, é escolher uma forma de estar no mundo.
E mesmo com as diferenças culturais e econômicas, é inspirador ver como o mercado de segunda mão pode ser vivo, pulsante, desejado. E que a moda consciente não precisa ser pesada, nem perfeita. Ela pode ser leve, divertida, autêntica — e cheia de histórias.
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