
Fake news que você provavelmente já leu sobre brechós
Se você já ouviu alguém falar mal de brechó, provavelmente se deparou com alguma dessas frases: “Brechó só lucra em cima de doação”, “Roupa de brechó é velha”, “Isso aí é coisa de pobre”…
Essas falas não só estão erradas, como reforçam uma visão distorcida sobre o impacto real que os brechós têm na moda, no meio ambiente e na economia.
Nesse post, a gente vai desmentir as principais fake news sobre brechós com informação e contexto.
Fake #1: “Brechó é só gente lucrando em cima de doações.”
Essa é uma das maiores distorções que circulam por aí.
A maioria dos brechós compra suas peças, seja em bazares, ONGs, fornecedores parceiros ou até brechós atacadistas. O que as pessoas chamam de “doação” muitas vezes são roupas adquiridas legalmente, (algumas até com notas fiscais) inclusive, dentro de espaços religiosos e sociais.
Doação é outra via, geralmente separada pelas instituições: o que é pra doação e o que é para o bazar de arrecadação com a vendas de roupas. Quem trabalha com brechó profissionalmente faz curadoria, investe, arca com despesas e sustenta um negócio com tudo o que isso envolve.
Fake #2: “Brechó compra em bazar de igreja e revende 5x mais caro.” "Bazar de igreja são para pessoas muito carentes comprar."
Muita gente desconhece que bazares de igrejas e ONGs têm duas frentes:
Roupas para doação, direcionadas a pessoas em situação de vulnerabilidade. Roupas para venda, usadas para arrecadar fundos e manter os projetos sociais.
Essas vendas são públicas, e não há nenhuma restrição para quem empreende. Pelo contrário:
Muitos bazares têm espaços dedicados exclusivamente a donas de brechó, que compram 300, 400, até 500 peças por dia gerando arrecadações que passam de R$2.000 em poucas horas. É uma relação de benefício mútuo.
Verdade importante: Bazares são organizados com foco em arrecadação.
Hoje, os bazares têm uma estrutura profissional, com organização, triagem e até etiquetas com preços de brechós com curadoria. Não é raro encontrar peças vendidas por R$100, R$200 ou até R$300 dentro da própria igreja.
Essas vendas financiam:
Projetos sociais
Reformas de espaços comunitários
Campanhas beneficentes
Manutenção do proprio bazar
Ou seja: quando um brechó compra no bazar, ele está ajudando diretamente uma causa.
Em resumo:
Brechó compra, não tira de ninguém.
Brechó ajuda a movimentar a economia social e local.
Brechó é trabalho: tem custo, tem operação, tem estrutura.
E brechó é, sim, um negócio sério.
Se você leu até aqui, compartilha esse conteúdo com alguém que ainda acredita em alguma dessas fake news.Ou melhor: da próxima vez que ouvir uma dessas frases, envie esse link. A informação muda o olhar e o consumo também.